Gestão de Áreas Contaminadas: como identificar riscos e regularizar seu empreendimento

A presença de áreas contaminadas representa não apenas um risco ambiental e à saúde pública, mas também um obstáculo crítico para empreendimentos em fase de licenciamento, expansão ou operação. Por isso, a gestão adequada dessas áreas é uma exigência legal e estratégica para garantir a regularidade e a viabilidade técnica e econômica de projetos.
Neste artigo, vamos abordar os principais aspectos da Gestão de Áreas Contaminadas (GAC), incluindo sua identificação, avaliação de riscos, fases do gerenciamento e os caminhos para a regularização ambiental de empreendimentos situados em terrenos com suspeita ou confirmação de contaminação.

1. O que são áreas contaminadas?
Uma área contaminada é um local onde há, comprovadamente, a presença de substâncias químicas em concentrações que representem riscos ao meio ambiente, à saúde humana ou à segurança pública. Essas substâncias, muitas vezes associadas a atividades industriais, postos de combustíveis, galvanoplastias ou depósitos de resíduos, podem estar presentes no solo, na água subterrânea ou no ar do subsolo.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), cabe ao responsável legal pelo empreendimento identificar e adotar medidas corretivas sempre que houver indícios de contaminação.
2. Quando é necessário realizar a gestão de áreas contaminadas?
A GAC é exigida nos seguintes contextos:
- Licenciamento ambiental de empreendimentos em áreas potencialmente contaminadas;
- Desativação ou mudança de uso de áreas com histórico industrial ou de atividades de risco;
- Transações imobiliárias que envolvem terrenos com passivo ambiental;
- Fiscalizações ou notificações de órgãos ambientais estaduais (ex: CETESB, IEMA, INEMA, etc.).
3. As etapas da gestão de áreas contaminadas
A gestão segue uma metodologia estruturada, conforme as diretrizes da ABNT NBR ISO 16000 e instruções técnicas estaduais. As principais fases incluem:
a) Avaliação Preliminar
Etapa inicial que reúne informações sobre o histórico de uso do solo, atividades realizadas no local e indícios de contaminação. Essa análise gera a classificação da área como:
- Área com potencial de contaminação;
- Área sob suspeita;
- Área não contaminada.
b) Investigação Confirmatória
Caso haja suspeita, são feitas amostragens e análises laboratoriais de solo, água e vapores. Essa fase visa confirmar (ou não) a presença de contaminantes.
c) Investigação Detalhada
Com a contaminação confirmada, mapeia-se a extensão e profundidade da área afetada, o tipo de substâncias presentes e os meios impactados. Os resultados embasam a avaliação de risco.
d) Avaliação de Risco
Estudo técnico que estima a probabilidade de danos à saúde humana e ao meio ambiente, considerando a exposição a contaminantes. Essa avaliação define o grau de urgência e as medidas necessárias.
e) Plano de Intervenção
Conjunto de medidas para eliminar ou controlar os riscos. Pode incluir técnicas de remediação, contenção ou monitoramento ambiental contínuo. O plano deve ser aprovado pelo órgão ambiental.
f) Reabilitação e Monitoramento
Após a aplicação das medidas, é feita a verificação da eficácia por meio de análises periódicas. Quando os parâmetros atendem aos critérios definidos, a área pode ser reabilitada para o uso pretendido.

4. Quais são os riscos de não regularizar?
A omissão diante da existência de uma área contaminada pode gerar graves consequências:
- Embargo de obras ou operações, inclusive com lacração do empreendimento;
- Multas e autos de infração emitidos por órgãos ambientais;
- Responsabilização judicial por danos à saúde pública e ao meio ambiente;
- Desvalorização do imóvel e bloqueio de financiamentos ou transações comerciais;
- Comprometimento da imagem institucional junto a investidores, clientes e comunidades.
5. Como regularizar seu empreendimento
A regularização passa por um processo técnico e legal que deve ser conduzido por uma equipe especializada em geotecnia, hidrogeologia, química ambiental e direito ambiental. Entre as ações recomendadas:
- Solicitação formal de avaliação ao órgão ambiental competente;
- Contratação de empresa especializada para executar as etapas técnicas de GAC;
- Integração com os processos de licenciamento ambiental e uso do solo;
- Registro e comunicação de cada fase conforme as exigências legais.
6. A Ecolibra pode ajudar
A Ecolibra Engenharia atua com excelência em diagnóstico e remediação de áreas contaminadas, apoiando empreendimentos desde a avaliação preliminar até a reabilitação da área. Nossa equipe multidisciplinar desenvolve:
- Estudos históricos e avaliações preliminares;
- Investigações confirmatórias e detalhadas com metodologias reconhecidas;
- Planos de intervenção ajustados ao perfil do empreendimento;
- Gestão de riscos e interlocução direta com órgãos ambientais;
- Relatórios técnicos para licenciamento e certificações.
Nosso foco é garantir segurança jurídica, ambiental e operacional para seu negócio, minimizando riscos e viabilizando sua continuidade.
Conclusão
A gestão de áreas contaminadas deixou de ser uma demanda pontual para se tornar uma exigência recorrente e estratégica. Identificar riscos, agir com transparência e regularizar sua operação ambientalmente são passos essenciais para empresas que desejam crescer de forma sustentável e segura.
Ao contar com o apoio técnico da Ecolibra Engenharia, seu empreendimento estará amparado por soluções eficazes e alinhadas às legislações vigentes, além de contribuir ativamente com a valorização ambiental e social do território onde atua.